Quando você pensa no futuro, qual é a primeira coisa que vem à mente?
As produções cinematográficas abordam o “futuro” com elementos tecnológicos, novos equipamentos, carros voadores, naves espaciais, robôs e coisas do gênero. Os robôs são sinônimos de modernidade tecnológica e tema recorrente quando se fala em avanço tecnológico e futuro. Eles são máquinas inteligentes, muitas vezes caracterizadas com aspectos humanos, capazes de se movimentar, agir, sentir e manipular o ambiente. São programados para realizar uma variedade de tarefas de forma autônoma, predominantemente repetitivas ou perigosas para os seres humanos.
A origem da palavra “robô” vem da palavra eslava “rabota”, que significa “trabalho”. O termo foi usado pela primeira vez na peça “R.U.R. – Robôs Universais de Rossum”, do dramaturgo checo Karel Čapek, em 1920. Neste enredo, os robôs pareciam humanos e eram muito mais eficientes que os seus criadores. O desfecho da trama é um famoso clichê, onde as máquinas se rebelam e erradicam a humanidade.
Posteriormente, o termo “robô” também passou a ser utilizado para se referir aos programas de computador que realizam tarefas automatizadas na internet, como rastrear informações, interagir com sites ou executar comandos específicos, frequentemente chamados de “bots”.
Robôs em cena
Dentro da cultura pop, os robôs e a inteligência artificial ganharam uma série de produções com os mais diversos gêneros e roteiros, como guerras, fantasias, dramas, animações e futuros distópicos. Na maioria desses roteiros, as máquinas possuem características semelhantes às dos seres humanos. Alguns desses personagens aparecem em filmes mesmo antes do surgimento do termo “robot” em inglês.
O filme expressionista alemão “Metrópolis”, lançado em 1927 sob direção de Fritz Lang, foi um dos primeiros a apresentar um personagem robô na ficção. Considerado um clássico do cinema, ele apresenta uma visão futurística distópica onde a cidade é dividida entre trabalhadores humanos e uma elite dominante.
Em “Metrópolis”, Maria é um robô com características morfológicas semelhantes às de uma mulher, a personagem é criada para manipular as massas e conflitos da sociedade retratada no filme. Este tipo de representação na indústria audiovisual foi um marco significativo na relação entre humanos e máquinas. O tema também foi abordado em grandes produções cinematográficas como “O Exterminador do Futuro” (1984), “O Homem Bicentenário” (1999), “Eu Robô” (2004), “Wall-E” (2008) e “Ex_Machina: Instinto Artificial” (2014).
Já estão presentes no cotidiano
Os robôs possuem diversas funções e variam em termo de complexidade, podendo ser dispositivos simples ou mais avançados. Algumas dessas máquinas conseguem desempenhar funções de aprendizado e adaptação, sendo encontradas em diversos ambientes controlados por humanos ou operando de forma autônoma.
Eles já são usados com frequência em linhas de produção industriais, ambientes domésticos, instalações médicas, exploração espacial, entre outros. Alguns deles, com formas não humanoides, estão presentes no cotidiano doméstico, como é o caso dos aspiradores de pó e cortadores de grama robóticos, aparelhos de uso doméstico que funcionam de forma automática, reconhecendo o ambiente e executando suas devidas funções.
Partes essenciais
Embora criados para diversas funções, os robôs possuem elementos essenciais em comum que garantem o seu funcionamento. Geralmente, são compostos por um controlador, o chamado “cérebro”, que é o microcomputador responsável por controlar todas as funções, processamento de dados, cálculos e movimentos.
São construídos com sensores para perceberem o ambiente ao seu redor e realizarem tarefas com maior precisão, autonomia e eficiência. Os sensores são essenciais para garantir projetos com resultados positivos e evitar possíveis acidentes.
Outra peça essencial são os atuadores; eles produzem movimento e permitem que realizem uma ação física, atendendo a comandos que podem ser manuais, elétricos ou mecânicos. Eles determinam a precisão dos movimentos das máquinas, se serão mais fortes ou mais delicados.
O esqueleto do robô, é a sua parte externa e deve ser adaptado conforme a sua função, ser grande, compacto, rápido, lento ou entre outros. O material do qual será feito também é ponto importante, podendo ser mais rígido, pesado, flexível ou de diversos materiais, dependendo da finalidade da máquina.
O manipulador é o fragmento mecânico mais importante do aparelho, tratando-se da própria parte estrutural, composta por elementos sólidos ou ligações unidas por juntas que permitem a sua movimentação. Essas subpartes, também analogicamente, são chamadas corpo, braço, punho e atuador final.
Incluem também um sistema de controle, que é composto por um software e hardware. Esse sistema direciona e controla as funções de movimento do robô para realizar as tarefas atribuídas. Dividindo-os em dois grupos: pré-programados para executar tarefas repetitivas e autônomos, que conseguem executar tarefas distintas e responder as mudanças no ambiente através de sensores.
Cada uma dessas peças desempenha um papel essencial para o funcionamento dessas máquinas e deve ser desenvolvida de acordo com a função do robô. Em resumo, essas máquinas estão cada vez mais presentes em nossas vidas, executando papéis importantes em diversas áreas. A evolução dessas máquinas, desde suas representações na ficção até a realidade atual, destaca a necessidade de abordarmos questões éticas e sociais.
Enquanto aproveitamos os benefícios da automação e inteligência artificial, é essencial equilibrar o avanço tecnológico com responsabilidade ética. O futuro dessas máquinas dependerá de como guiaremos essas inovações, garantindo que contribuam para o bem-estar da sociedade.